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Decisões estratégicas: 3 dicas para fazer tomadas de decisão

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Decisões estratégicas

Este artigo foi inspirado em nossa série de videocasts com Olivier Sibony, autor, especialista em tomadas de decisões estratégicas e membro da CrossKnowledge Faculty

Seja nos negócios ou em nossas vidas pessoais, existem alguns comportamentos e formas de pensar que podem nos impedir de sermos objetivos e de tomarmos decisões estratégicas.

Priorizar o curto prazo em relação ao longo prazo, procurar maneiras de provar que estamos certos ou evitar os desafios e acabar sempre considerando opções mais fáceis costumam ser coisas que todos tendemos a fazer. Seja individualmente ou em equipe, é muito difícil superar essas inclinações naturais que tendemos a ter ao fazer escolhas e tomar decisões. 

Continue acompanhando a leitura e descubra como evitar essas inclinações e confira 3 dicas para fazer escolhas certas e estratégicas!

Como tomar decisões estratégicas?

Como dito anteriormente, nossas inclinações naturais podem nos impedir de tomar decisões estratégicas e acabar prejudicando o futuro dos negócios. Por isso, separamos 3 dicas essenciais para te ajudar na hora de fazer uma tomada de decisão. Confira:

1. Considere as opções a longo prazo

Não é fácil resistir à tentação do curto prazo: benefícios imediatos são difíceis de recusar. Porém, nossa mente racional enxerga as coisas de forma mais perceptível considerando opções no futuro do que quando precisamos enfrentar escolhas imediatas.

Pesquisas mostram que a maioria dos gerentes admitem que preferem não fazer um bom investimento nos negócios caso isso signifique perder uma meta de lucro a curto prazo. Para eles, o custo de perder uma meta de curto prazo é muito alto em comparação aos benefícios futuros de um investimento de longo prazo. 

Sempre que for enfrentar um trade-off onde o custo é imediato e a recompensa é adiada, seja em uma situação pessoal ou de negócios, você deve ser extremamente cauteloso e avaliar o peso dos resultados a curto prazo em sua decisão. Pergunte a si mesmo: “Como vou me sentir sobre esta decisão daqui a um mês e daqui a um ano?” Isso pode ajudá-lo a enxergar melhor as implicações a longo prazo da sua decisão atual.

2. Desafie o seu viés de confirmação

O viés de confirmação é a tendência que temos de subestimar as evidências que contradizem nossa hipótese e de dar mais crédito às evidências que a apoiam. Em outras palavras, estamos menos atentos às coisas que provam que estamos errados do que às coisas que provam que estamos certos. 

É por isso que quando pessoas com opiniões diferentes analisam os mesmos dados e informações, elas podem chegar a conclusões totalmente opostas. A verdade é que ambos estão enxergando apenas a parte da evidência que apoiam o que eles já tinham em suas próprias mentes. Isso ocorre porque o viés de confirmação é uma tendência que já está naturalmente enraizada nas pessoas, se tornando algo difícil de superar. 

A disciplina de pensamento pela qual se deve lutar é: busque ativamente as evidências que te contradizem. Suponha que você esteja considerando um investimento com o qual está muito entusiasmado. Sua tendência natural será procurar evidências confirmativas para começar a construir o plano de investimento. Portanto, é importante ir além desse impulso e procurar as evidências que provariam que você está errado. 

Considere o investimento que você realmente deseja fazer e pergunte-se: quais seriam os obstáculos para o negócio? O que seria necessário para você se convencer de que não deveria fazer esse investimento? 

Assim que você descobrir as respostas, vá buscar esses dados e informações, porque se você não procurar por eles, você tenderá a ignorá-los. A melhor maneira de combater o viés da confirmação é pensar contra você mesmo.

3. Sempre considere outras alternativas

Um estudo, citado por Chip Heath e Dan Heath em seu livro “Decisive”, mostra que em quase 70% das decisões analisadas foi considerada apenas uma opção. Os autores continuam sugerindo que, na verdade, nossas decisões tendem a ser muito melhores quando consideramos várias alternativas do que quando enxergamos apenas uma opção. 

Uma boa maneira de tomar decisões estratégicas é imaginar que a opção que estamos considerando desapareceu e está fora de questão. Ao nos forçarmos a remover a nossa opção preferida da equação, temos que nos perguntar: “O que eu faria?” Isso nos colocará na melhor posição para gerar mais ideias e buscar outras alternativas. 

Ao considerar essas novas opções, começaremos a pensar de forma mais criativa sobre a nossa decisão. Isso pode fazer com que as pessoas ou equipes considerem uma direção diferente, melhor e mais estratégica do que aquela que escolheriam inicialmente.